Chegamos a Valência na quarta-feira à noite e nos hospedamos na casa de amigos próximos ao local da largada. Para quem chega de avião, uma dica útil é adquirir o bilhete TuiN de transporte público. Ele permite o uso do metrô e tram a preços bem acessíveis, com viagens a partir de 0,80 e 0,40 centavos, respectivamente. Além disso, ao carregar o bilhete, você recebe o dobro do valor inserido, o que ajuda a economizar. Usamos quase sempre a Zona A do metrô, exceto para buscar o kit da corrida, onde precisamos da Zona B. O bilhete TuiN não inclui os ônibus, mas, como usamos pouco esse transporte, pagamos direto com o cartão de crédito na catraca.
Nos dias anteriores à corrida, aproveitamos para conhecer a cidade: dedicamos a quinta-feira ao centro histórico, repleto de ruas charmosas e uma arquitetura impressionante, com destaque para a Catedral de Valência. Já na sexta, fomos à famosa Cidade das Artes e Ciências, onde visitamos o maior aquário da Europa – uma atração imperdível!
No sábado, a programação foi pensando totalmente na prova. Começamos o dia experimentando o tradicional “Esmorzaret”, o café da manhã típico de Valência. Depois, seguimos para a Feria Valencia, onde a retirada do kit estava acontecendo. Retirada que iniciou na sexta e sábado, entre 9h e 21h. Chegar lá foi tranquilo – uma viagem direta de tram, cerca de 45 minutos, que nos deixou exatamente na porta.
O ambiente estava muito organizado e não tivemos dificuldade em retirar o kit, composto por camiseta, número de peito com chip, sacola e alguns brindes dos patrocinadores. Algo interessante que vi, foi a área de troca de camisetas, onde os corredores podiam trocar camisetas entre eles, caso o tamanho escolhido não seja adequado. Aproveitei a feira também para dar uma olhada nos acessórios e acabei comprando um novo par de óculos para corrida, e uma camiseta oficial da prova, além de um corta-vento com preço bem em conta. Finalizamos a visita com a validação do chip, e passei no mercado para garantir o café da manhã pré-prova.
No domingo, acordei às 7h e me deparei com um clima completamente diferente de sábado: o céu estava nublado e logo veio a chuva, que nos acompanharia ao longo de toda a corrida.
Meu café da manhã foi o básico – café preto, pão de brioche, banana, queijo e suco de laranja – uma receita de sucesso que já tinha dado certo em Cardiff, então resolvi repetir.
Por volta das 8h40, saí em direção à área de largada. Estava na onda cinza, com previsão de completar em 1h50.
As outras ondas foram no esquema da foto:
A ideia inicial era ir de metrô, mas a próxima saída demoraria 20 minutos, então optei por ir andando, já que a distância não era tão grande. Chegando lá, encontrei meu curral de largada, que já estava se preparando para sair. Às 9h14, começamos.
Valência é perfeita para tentar um recorde pessoal, por ser um percurso rápido e majoritariamente plano, mas dessa vez não deu muito certo. Encontrei bastante fluxo de corredores nos primeiros quilômetros e precisei fazer algumas ultrapassagens para conseguir meu ritmo. Aos poucos, estabilizei e mantive uma média de 5:13 min/km.
Os pontos de hidratação estavam bem distribuídos, a cada 5 km, oferecendo água e isotônico. No km 15, havia ainda distribuição de gel com e sem cafeína, e mais dois pontos de apoio para quem precisasse de atendimento, especialmente para quem estivesse com câimbras.
A chuva inibiu a presença do público, então o publico foi pouco na maior parte do trajeto. Fechei a prova em 1h50, totalmente encharcado.
O kit pós-prova foi generoso: uma sacola, medalha, banana, uma barca de caqui e isotônico. E a dispersão foi, sem dúvida, a mais eficiente de todas as corridas do circuito que participei até agora. Falta só Berlim para completar as Superhalfs, que vou encerrar ano que vem.
Resultado:
