Sábado foi dia de mais uma corrida 28 praias, etapa costa sul de Ubatuba. Esta, é uma corrida trail, beira mar, com distancias que variam entre 42k e 21k, podendo ser feitas de maneira solo ou por equipe.
Como no ano passado, repeti a distancia de 21k. Uma prova bem dura para abrir as longas do ano.
A organização deu opções de retirada de kit para terça e quarta, da semana da prova, em São Paulo – na Decathlon da Marginal Tietê, ou na sexta em Ubatuba.
Fiz a retirada na terça, quase no limite das 22h, em SP. O local, mesmo pelo horário, estava bem vazio e tranquilo. Comprei também um tênis Kalenji, para a prova. Na etapa de 2017 foi bem ruim ficar escorregando direto por causa do solado de rua.
Desci para Caragua na sexta, depois do expediente. Cheguei em casa por volta das 23h30, somente para dormir; teria que acordar as 6h30 para tomar o café, sair as 7h para Ubatuba, até o PC 02 – Maranduba, local de largada dos 21k, as 8h30.
Cheguei no local da largada por volta das 8h. Planejando terminar a prova em cerca de 3h, sugeri para meu pai voltar para Caragua e depois de 2h ir para a chegada, na Praia Dura de Ubatuba. Não ficaria também pressionado para terminar a prova o mais rápido possível por ter gente me esperando.
Na largada, completei o camel back com 2 litros d’água, e comecei a corrida pontualmente as 8h30.
A largada foi dividida, com diferença de 5 minutos para a largada dos homens e mulheres. As mulheres saíram as 8h35.
Apesar da meteorologia prever mudança de tempo para sábado, esta não ocorreu durante a prova, que ja começou sob um sol de 36 graus.
No terceiro quilometro, já dava para imaginar o que viria pela frente. Estava pegando fogo! Alivio só nas sombras nas trilhas.
Enquanto o tênis estava seco, e o pé inteiro, deu para manter um ritmo consistente, na casa dos 6min/km…. até o km 5, onde o jogo virou, com o Rio Lagoinha pela frente.
A partir deste ponto, até o km 12, a prova se desenrolou praticamente em trilhas. Subidas bem pesadas mas com cada visual sensacional. O terreno estava seco, diferente do ano passado, que choveu antes da prova e teve pontos que demoramos quase 40min para andar 1km.
Durante o trajeto, passamos por pequenos trechos de belas praias, bem limpas e isoladas, cujo acesso se da somente pela mesma trilha ou barco.
Em alguns pontos passamos por turistas que estavam fazendo estas trilhas, a passeio.
Os maiores trechos de areia entre os kms 5 e 12, foram a Praia do Bonete e a Praia do Grande Bonete, e a Praia do Cedro do Sul. Alguma delas conta com uma bica de água doce, bem valido para refrescar e aliviar o calor.
No PC de Fortaleza, km 13, dei uma parada de quase 5 minutos para reabastecer com água de coco, frutas e água gelada. A partir deste ponto até praticamente os 2 kms finais, a corrida se deu praticamente por asfalto em estrada beira mar. O único trecho de areia desta parte do percurso foi a Praia Vermelha do Sul, mesmo assim, trecho curto, cerca de 1km.
Até daria para impor um ritmo mais forte a partir de Fortaleza, mas lembra que o tênis molhou? Ja estava com bolha estourada nos dois pés.
A prova terminou no trecho de areia de 2km da Praia Dura, uma praia bem tranquila para correr, com solo firme.
Finalizei em 3h04 minutos a prova, ou 2h46, descontando o tempo que fiquei parado, seja para hidratar no PC, seja para tirar fotos, seja para esperar liberarem passagem em trilhas.
Valeu muito a pena ter comprado o tênis para fazer a prova, não escorreguei nenhuma vez, me senti seguro em todo o trecho em que ele foi exigido.
Apesar das dores, perrengues, machucados e cansaço, é uma prova que vale estar no nosso calendário, nem que seja uma única etapa.