Depois de realizar no ano passado uma corrida, com organização da Iguana, que contou com percursos de Meia Maratona e Maratona, a Asics neste ano voltou a ser uma prova com distancia única, somente a meia, e expandindo seu circuito com etapas fora do Brasil.
As novidades deste ano, além de deixar a SP City somente com a Iguana, foi também no percurso, que deixou de fazer o padrão de começar e terminar no Jockey, para desta vez a largada acontecer no Ibirapuera, e a conclusão da corrida no Jockey. Particularmente gosto de um trajeto assim, fica menos repetitivo, embora tenha o lado de ter que fazer certa logística com carro para saber aonde deixar, falarei disso mais tarde.
A retirada dos kits para a prova foram realizadas nos três dias que antecederam o evento, na zona norte da cidade – Expo Center Norte. Achei meio sem sentido o local, a prova acontecendo na zona sul e a retirada na zona norte, apesar do acesso ser fácil para mim. Fui no sábado, deixei o carro próximo a Unip da Vila Guilherme e fui a pé; não sabia exatamente aonde era o Pavilhão Amarelo, descobrindo somente no pavilhão principal. Era um pouco mais longe que o previsto, mas nada demais.
Foi tudo muito rápido, não houve filas, até menos do que de costume. Achei a estrutura do local um pouco mais fraca em comparação aos anos anteriores, inclusive com pouco público no local. Nas palestras mesmo que é um dos diferenciais, parecia que palestrante (não sei dizer quem era), falava sozinha. Quem estava acompanhando, mal olhava.
Falando do kit, este veio contendo camiseta, número de peito, chip descartável, viseira, gel de carboidrato, sacola de transporte e anteciparam a entrega da sacola para quem usaria o guarda volumes.
O local contou com:
- Personalização das camisas
- Massagem
- Palestras
- Loja da Asics
- Lojas dos parceiros da prova
- Desafio de quem conseguia se manter em um pace de atleta de elite por mais tempo
- Teste de pisada e de tenis da marca
- Food Trucks
Com o kit em mãos, restou ir para casa, organizar tudo para levantar “correndo” e descansar para a prova que viria no dia seguinte, com bastante junk food de pré prova, aniversário pela frente 🙂
No domingo acordei as 5, tomei um café rápido e pão torrado com requeijão. Optei por deixar o carro na chegada, e ir para a largada de Uber. Creio que o cansaço da prova ja estaria mais que o suficiente para não ter mais esta preocupação no fim da prova. Deixei proximo ao Parque do Povo, por volta das 6. Chamei então o Uber e esperei já adiantando o alongamento. No entorno havia mais gente que ia fazer a prova, fazendo a mesma coisa possivelmente, outros indo correndo para a largada, que daria uma distancia de 3km. Um aquecimento interessante, mas pelo horário ia ficar meio em cima de fazer num pace de trote. Cheguei no Ibirapuera faltando 20 minutos para a largada de meu pelotão.
Não estava muito confiante para a prova, meio na base do fazer por fazer, sem nenhuma pretenção. Os treinos longos andam pedindo ora 16k, ora 18k, faço 10k e já deu, chega, para casa.
Chegando no local, guardei alguns pertences no guarda volumes, e encontrei o pessoal da assessoria próximo do acesso ao portão da largada.
A temperatura estava um pouco fria, mas nada desagradável, o tempo ficou inicialmente nublado.
Contando com a participação de 8 mil atletas, todos fomos divididos em pelotões de acordo com o tempo informado na inscrição. O meu pelotão, B, saiu pontualmente as 7h, junto com o A, C e Elite Masculina. Os demais, D, E, F, largaram às 7:10.
Desde o inicio da prova consegui manter um pace bom, relativamente rápido, alternando entre 5 baixo e 5 alto até o km 6 – ponto da saída do túnel da que da acesso a Lineu de Paula Machado, junto ao Jokey. Depois disso consegui cadenciar, mantendo uma media de 5:20 até o fim da prova.
Falando do túnel, logo na entrada passei por um participante pulando corda; mais gente da assessoria viu o mesmo em diferentes pontos do percurso, e ele completou a prova assim. O local também estava muito abafado, um sufoco total e ótimo para desidratar – quente a abafado. Não houve sensação melhor do que o tempo batendo gelado quando chegamos na saída. Apesar do percurso não ter muita muita subida, estes pontos compensam maltratando tão quanto.
A estrutura da corrida em si, contou com hidratação a cada 3k em média, com água gelada, 2 pontos distribuindo isotônico em saquinho, não era gatorade, não gostei muito… lembro que nas primeiras “golden run” era gatorade, em copo, e em pontos de hidratação alternados. Além de dois pontos de gel; não consegui pegar nenhum, dei a sorte de estar sempre na frente de alguém de rapava todos que via na frente. BR sendo BR.
O ponto melhor estruturado era na Praça Panamericana, que pegava o km 10 na ida, 16 no retorno, 18 na volta, contando com Equipe Médica, gelo, banheiros, massagem e tudo mais para quem necessitasse de algo.
Confiança em um bom resultado veio no km 17. Notei que mantendo a média, faria tranquilamente o sub-2, e como estava bem, não foi problema manter o pace. Completei a prova em 1h53, de quebra fiz minha melhor marca na distância. É aquele dia que tudo da certo 🙂
A chegada foi sem tumulto para retirar as medalhas no pós prova, contando também com toalha. Medalha bonita por sinal.
O local para retirar os itens no guarda volumes foi bem mal posicionado. Estava praticamente junto com a chegada da prova, e com as tendas das assessorias. Causaram tumulto sem necessidade. A área com as demais estruturas da prova estavam bem vazias, deveriam ter colocado lá.
Apesar de ter caído bastante a qualidade, é uma prova que ja foi “nota 8” e hoje é no máximo “nota 6” em um mundo que 90% das provas que participamos é “nota 2, 3”. Vi bastante gente criticando esses pontos também, vamos ver se ano que vem melhora, que se continuar decaindo, logo cai no balaio das provas comuns que temos por aqui, virando só mais uma.