Neste domingo, dia 19 de junho, cerca de 22 mil corredores participaram da Maratona de São Paulo 2011, com os percursos de 42k, 25k, 10k e uma caminhada de 3k, todos com partida da Ponte Octávio Frias de Oliveira, a “ponte estaiada” da Zona Sul de São Paulo, com a concentração de atletas na Av. Roberto Marinho.
Retirei o kit no Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro, próximo ao parque do Ibirapuera, no sábado, dia anterior a corrida, durante a tarde. Gastei cerca de 30 minutos para fazer a retirada; um bom tempo, levando em consideração a fila que estava e a quantidade de pessoas que deixaram para retirar o kit de ultima hora, como fiz.
Esperava hoje uma temperatura mais fria, mas frio mesmo só enquanto não havia a presença do Sol. Sai de casa com os termômetros marcando cerca de 12 graus, as 5:30 da manha, e pouco antes de iniciar a prova, as 8:35 já beirava os 25 graus, temperatura agradável para buscar um bom tempo sem desgaste excessivo, seja pelo calor ou mesmo pelo frio.
Segui o que foi falado na organização: deixei o carro nas proximidades do Ibirapuera e fui próximo a Assembléia Legislativa pegar o ônibus que transportava os corredores para a largada, na Roberto Marinho. Aliás, como é bom São Paulo sem transito. Trajeto Guarulhos -> Ibirapuera em pouco mais de 15 minutos só às 6 horas da manha mesmo.
As 7:15 já estava na região da Roberto Marinho, onde foi a largada. Deixei as coisas no “guarda volumes móvel”, os ônibus “numerados” por range, de acordo com o numero de peito dos atletas, que transportariam os pertences do ponto de largada ao ponto de chegada. Achei bem interessante este sistema.
As 7:40 fiz um breve aquecimento e alongamento, talvez pelo corpo estar frio, minha canela lembrou de mim mais do que nunca. O curioso que não fiz nada demais nos últimos dias para vir uma dor tão intensa, mas foi suportável durante a corrida, apesar de ter doido um pouco durante o percurso. Pelo menos a semana que vem é curta e força eu ficar “de molho” para recuperar isto.
Por volta das 8 horas foi liberado o acesso de acordo com as faixas de tempo que nos inscrevemos. Me posicionei com o pessoal de passe de 6min/km para finalizar os 10k abaixo de 60 minutos.
As 8:35 foi dada a largada para a elite masculina e publico em geral, foi a corrida que participei que mais teve participação de corredores, é demais estar no meio de um evento desta magnitude. Imagino como seja participar destas grandes maratonas pelo mundo que chegam a receber 300 mil atletas.
A corrida começa logo com a subida na ponte estaiada, tentando desviar do pessoal com ritmo mais lento e buscando “caminhos” em brechas, consegui manter um ritmo bom sem muito desgaste, fazendo a media que queria (6min/km) desde o começo da prova.
A única coisa ruim é que fiquei sem referência de freqüência cardíaca, ô hora para o heartlink dar pau! Ou parava e arrumava a cinta, ou corria quase sem referencia (se dava umas apertadas contra o corpo às vezes aparecia), resolvi correr sem mesmo a referencia, mas nas poucas vezes que vi, mantendo este ritmo a freqüência estava razoavelmente boa (cerca de 165/170bpm para 6min/km).
Seguindo o trajeto vem a descida da ponte estaiada, e em seguida a pista local da marginal, sentido Interlagos; Passa uns 250 metros e lá vem mais uma subida, agora na ponte do Morumbi. Descendo a ponte do Morumbi pego a pista local da Marginal, agora sentido Castelo Branco. Seguindo na marginal, logo após o “Robocop” em frente a estação Berrini da CPTM, local que trabalhei por 4 anos, havia o primeiro ponto de hidratação (km 4). O sol nessa hora já começava a incomodar um pouco, sempre que possível corria buscando as sombras das árvores da marginal, até a entrada do acesso para a Juscelino. No km 5 o relógio marcava 28 minutos, bom tempo.
Assim que acessamos a avenida, temos a separação dos que correrão a de 25k e 42k dos demais; os de 25k e 42k fariam o contorno na Juscelino e voltariam para a marginal, enquanto os que buscavam os 10k seguiam pela Juscelino rumo ao túnel que dava acesso a Republica do Libano. Neste ponto também foi onde o dilatador nasal que usava soltou, e faz uma diferença isso por mais que não pareça. Pena que não pode molhar que desgruda. Enquanto durou a experiência valeu! Usarei mais vezes.
Passando pelo próximo ponto de hidratação no Km 7, na Juscelino, usei o gel fornecido pela organização, com a água. Foi uma boa pedida, deu um gás para os últimos 3km da corrida.
Entramos no túnel, até ai ok, sombra, da para recuperar a lua que vínhamos recebendo na cabeça, mas a subida daquilo foi punk. Já não bastava a perna estar moída, subi aquilo na base do trote. Pelo menos havia logo após o túnel mais um ponto de hidratação (km 8,5) o que deu uma aliviada no esforço.
O trajeto continuou pela Republica do Líbano e por fim, no Obelisco, onde foi a chegada. Pelas circunstâncias da prova (dor na canela, bolhas no pé) fechar em pouco mais do meu “recorde pessoal” nos 10k foi ótimo. Gostei do traçado, não digo que ano que vem corro o de 25k, mas me contento em correr os 10 novamente e diminuir ainda mais esta marca.
Próxima corrida é daqui 2 semanas, o circuito da estações Adidas, 10k no Pacaembu!
Coloquei de forma incorreta o chip e fiquei sem resultado oficial, fazendo cálculos pelo horário de largada / chegada, com o tempo de relógio, estimo o resultado: