Domingo foi dia de corrida, dia de cumprir o objetivo do começo do ano: correr a Maratona Internacional do Rio de Janeiro. Estive lá, sendo um dos pouco mais de cinco mil maratonistas que venceram os quarenta e dois mil centro e noventa e cinco metros que separam o sonho da glória.
Sexta-feira fechei os treinos para a corrida na debaixo de um dilúvio, e, para ajudar, com o tênis que iria usar na prova. Resultado: um bom tempo com secador para deixa-lo pronto para a corrida; tirando este empecilho, restou viajar.
Sábado embarquei para o Rio de Janeiro as 9 da manhã, partindo de GRU para o aeroporto de SDU, no centro da cidade. A Gol conseguiu fazer uma zona com um “combo” envolvendo troca de aeronave + free seat, só causando atraso e estresse. Problemas a parte, 40 minutos após a partida, o avião chegou na cidade maravilhosa.
Assim que desembarquei, fui ao hostel (Gaia, muito bom por sinal) – no bairro do Botafogo, Logo em seguida, sai para retirar o kit, no Centro de Convenções SulAmerica, ao lado da estação Estácio do Metrô, em uma viagem de vinte minutos de metrô.
No centro de convenções, assinei o termo de responsabilidade e me dirigi a fila da retirada, uma enorme fila, menor que a da Meia Maratona, mas que me custou uma hora para ter o kit em mãos. Kit composto por camiseta regata, número de peito, chip de cronometragem, revista, macarrão, bolacha, uma sacola para uso do guarda volumes, além da bolsa de transporte.
Enquanto aguardava meu tio retirar seu kit da maratona, visitei os stands da feira da corrida. Nada fora do comum, como as organizadas pela Yescom.
Voltei para o hostel de metrô, guardei o kit, fiz o check in e sai para almoçar no Spoletto no Shopping Botafogo, cerca de 1km do hostel, voltando para ele em seguida para descansar. Separei as roupas que iria usar na corrida e ja deixei tudo pronto para o check out.
Por volta as 20 horas jantei em um bar no Botafogo, comprei bisnaguinhas que seria meu café da manhã, e só restara dormir e descansar para a prova.
Domingo acordei por voltas as 4:30, troquei de roupa e fui para o Aterro do Flamengo – chegada da prova, e de onde partiriam os ônibus para a largada da maratona. Saindo do hostel quase as 5:20, vinte minutos antes de partir o último ônibus para a largada, cheguei na fila em cima da hora. Embarquei e depois os ônibus partiram rumo ao Pontal, local do início da corrida.
O dia foi clareando durante o percurso, e deu para notar que a prova seria feita com céu nublado, temperatura por volta dos 20 graus em toda a prova. Um alívio.
Em Jacarepaguá, deu tempo de passar em uma padaria para dar uma reforçada no café da manhã, alongar e se juntar a galera que iniciou mais uma corrida. Maratona que teve início as 7:30 do domingo.
Fui a um ritmo confortável de 6 min/km durante toda a primeira parte da prova, tirando fotos do percurso, em vários trechos. Em uma analogia com SP, o trecho entre os quilômetros três ao treze seria o trecho da USP, só que com corredores em maior número, e praticamente mais ninguém – além do mar e da reserva.
Quando chega na Barra da Tijuca, finalmente há público no entorno, embora quase ninguém da muita atenção à corrida. Também na Barra, foi o início da meia maratona para os muitos que partiram desta distancia.
Passando pela Barra, depois de dois quilômetros inicia um dos trechos mais pesados da corrida – a “subida do Joá”, com dois túneis e dois elevados. O que muito se via daí para frente era gente com câimbras ou revezando entre corrida e caminhada.
O segundo túnel teve como diferencial muita música e luzes, deixando o ambiente um pouco mais leve. Passando este, e a segunda parte do elevado, chegamos um pequeno trecho de praia em São Conrado – um descanso, pois logo em seguida viria a subida para Vidigal – o último trecho extenso e difícil da prova.
No Leblon o pessoal começa a dar mais atenção para a prova, gente incentivando, aplaudindo. Toda ação por volta do quase quilometro trinta é válido. E é assim até o final da prova, passando por Ipanema, Copacabana, Botafogo e, finalmente, o Aterro do Flamengo.
Em relação a dores, esta maratona foi a mais difícil que corri, talvez por passar o sábado todo andando, mas pretendo voltar a fazer em breve.
Organização da prova foi dez! Bastante pontos de hidratação com água gelada e Gatorade durante todo o percurso, e um ponto de distribuição frutas em torno do km 30.
Foi a última maratona do ano. Agora resta concentrar em distancias menores e descansar.