Neste sábado, participei da minha segunda corrida da série SuperHalfs, um circuito europeu que engloba cinco meias maratonas. Ao completar todas em três anos, os corredores recebem uma medalha especial representando as cidades participantes.
A corrida desta vez aconteceu em Praga, na República Tcheca, contando com a presença de 11 mil corredores e distância única de 21k.
Aproveitei uma semana de férias para conhecer a cidade, sem grandes expectativas em relação ao meu tempo na corrida. Além disso, sabia que não descansaria muito antes da prova e estava com um condicionamento físico inferior ao que tive em Lisboa no ano passado. O objetivo era completar a corrida em um tempo razoável, sem me preocupar em bater recordes pessoais.
A viagem a Praga teve alguns contratempos, como atrasos de voos e problemas com o check-in no Airbnb. Porém, essas situações acabaram rendendo histórias interessantes e novas amizades.
Na segunda-feira, o clima mudou drasticamente, com neve pela manhã. Não chegamos a pegar neve pois chegamos somente à noite. Não estávamos preparados para enfrentar temperaturas tão baixas. Nos treinos de terça, quinta e sexta, testamos diversas roupas, já que o clima permaneceria inalterado nos próximos dias, para encontrar a melhor opção para a prova.
A retirada dos kits da corrida também foi um desafio, pois o local indicado nos levava a um estacionamento de um parque. Encontrei o pórtico de entrada da feira por acaso, após muito tempo procurando. Os kits, que retiramos na quinta-feira no final da tarde, incluíam uma camiseta, número de peito, um segundo papel indicando minha participação na segunda SuperHalf, uma mochila e uma barra de cereal.
No local, havia uma loja da Adidas, um palco para palestrantes e alguns expositores menores.
A largada da corrida estava marcada para as 10h de sábado, com previsão de frio e vento. Conseguimos dormir e acordar em horários habituais, tomamos um café da manhã simples e seguimos em direção à corrida por volta das 9h.
Chegamos ao local da corrida às 9h20, após pegar o metrô e fazer uma baldeação. Entramos nos currais de largada, que eram divididos por pace, e avançamos até o ponto que havíamos estipulado como objetivo.
A organização da largada foi melhor do que a de Lisboa, embora algumas pessoas tentassem furar o controle. Optei por não utilizar o guarda-volumes, que estava caótico.
A corrida começou pontualmente às 10h. A ideia da treinadora era manter um ritmo de 5:15 nos dois primeiros quilômetros e 5:00 no restante, mas consegui manter uma média de 5:20.
O percurso passou por alguns pontos do centro histórico, como a Casa Dançante, e belas arquiteturas, margeando o rio Vltava, com uma certa atenção aos paralelepípedos e divisões de vias entre tram e autos pelo percurso.
A hidratação durante a meia maratona de Praga seguiu o padrão usual das corridas locais: a cada 5 km até o quilômetro 10 e depois a cada 3 km. Em alguns pontos, forneciam apenas água, enquanto em outros havia também Gatorade e frutas como laranjas ou bananas.
Tentei encontrar a Quel no km 9, um ponto que passava perto do local onde estávamos hospedados (km 1 na ida e 9 na volta), mas não conseguimos nos ver. No entanto, nos encontramos perto do final, entre os quilômetros 19 e 20.
Completei a prova em 1h55. O vento não foi um grande problema, mas a sensação de frio no fim da corrida, com o corpo molhado, foi bastante desconfortável e rendeu um resfriado. As mantas térmicas distribuídas ajudaram a amenizar o frio.
Na área de dispersão, encontrei um amigo de longa data, o Carmona, que também participará da sequência das cinco corridas. Depois, fui ao encontro da Quel, passamos por um ponto de recuperação muscular e nos preparamos para a próxima corrida.
A próxima meia maratona será a etapa de Copenhague desta série. Antes disso, há uma corrida de 10 km em Paris. Por enquanto, é isso que temos planejado.