A ideia de correr uma maratona este ano já tinha amadurecido no começo do ano, mas fui empurrando até realmente decidir qual.
Fiz a inscrição a pouco menos de 3 meses para a prova, a Maratona de Amsterdã, uma região bonita, clima frio, percurso bom, nome e organização foram alguns dos fatores que me fez optar por prova.
Logo na inscrição, houve uma opção para participar de uma “Good Morning Run”, uma corrida de cerca de 6k. Já que sempre temos uma rodagem leve no dia anterior, unimos o útil ao agradável.
Planejamos a ida para a Holanda na quinta feira, 4 dias antes da prova. Chegamos e pegamos um tempo bem mais frio do que na França, tempo chuvoso fazendo em torno de 10 graus, enquanto em Lyon fazia pelo menos o dobro ou mais com sol.
Retirada de Kit
Chegamos no hotel em Zaandam, uma cidade próxima e mais barato para se hospedar se comparada a Amsterdã, a poucas estações de trem de lá. Foi só o tempo de deixar as coisas por lá e ir retirar os kits ainda a tarde, apesar desde ocorrer mesmo no domingo, o dia da prova, quisemos agilizar isto evitar problemas com fila.
Fomos de trem/metro até o local da retirada, o Sporthallen, um ginásio que contou com uma grande feira do evento, na própria quinta a tarde. Chegamos relativamente fácil e rápido.
O local estava bem vazio, a retirada do kit e número de peito não levou mais de 5 minutos. Aproveitei para me informar a respeito da Good Morning Run que até então não sabia nem onde era.
Retirando o kit, foi aproveitar um pouco da estrutura do lugar, das lojas, das massagens nas pernas – o mesmo tipo que fiz em Florianópolis, utilizando compressão.
Passamos a tarde ainda em Amsterdã. Fechamos o dia com um treino noturno.
Sexta
O pré Good Morning Run foi basicamente descanso e um pouco de rodagem por Zaandam.
Aproveitamos para fazer compras, treinar um pouco mais cedo dessa vez, almoçar e jantar sem ir para longe, basicamente desacelerar.
A Good Morning Run foi um laboratório para testar dois pontos: o café da manhã e a roupa que iria para a maratona, já que estaria em condições de tempo e horários bem similares.
Compramos para tal banana, pão de brioche para tomar com um café logo que acordasse, a pouco mais de 2h da largada.
Sábado – “Good Morning Run”
Chegou o dia do pré maratona. Acordei para ir para a Good Morning Run por volta das 6 da manhã.
Fiz o teste indo correr com corta vento em cima de uma camiseta de manga longa e bermuda, para ver qual seria. Foi bem frio até começar a correr, como esperava.
O ponto de partida da Good Morning Run foi o Museumsplein Waterpool, a praça que fica o Museu do Van Gogh.
Cheguei lá faltando uns 15 minutos para começar.
Só um ponto negativo a ressaltar: estava com um pouco de fila para retirar a “pulseira” de identificação dos participantes; na hora eles pediram para mostrar o QrCode recebido, e quando mostrava, exibia que não era válido. Notei bastante gente estava com problemas e era isto que estava atrasando. No fim a organização falava meio que “vai” e dava o acesso + um voucher para um café.
Deixei minhas coisas no guarda volumes e saímos para correr.
A tour foi de cerca de 6,5km em 1h05, nem considerei como corrida e nem teve medalha para quem completou. Funcionava da seguinte maneira: dois guias juntavam cerca de 15 pessoas e puxava o grupo, cada um em uma ponta com o grupo, e ia pela cidade, parando em alguns pontos com alguma história e falando a respeito. Foi um tour diferente.
Voltei para o hotel depois da corrida, e pensando no frio que peguei sábado até começar a correr, comprei um moletom para utilizar até onde fosse possível a Quel me acompanhar no dia D. Depois disso, voltamos para Amsterdã para passar o resto do dia e jantar massa.
Domingo – Maratona
O domingo foi praticamente um repeteco do que deu certo no sábado. Acordei praticamente no mesmo horário e tive o mesmo café da manhã. Só saímos mais cedo por conta dos horários do trem.
A expectativa para o dia foi de um tempo um pouco mais quente que o sábado, decidi, portanto, ir sem a corta vento e de camiseta. Depois da prova vi que foi a melhor escolha que fiz.
Chegamos faltando cerca de 1h para o início da prova e ficamos na região do estádio até uns 15 minutos antes da largada, quanto tirei o doudoune e o moletom e deixei com a Quel.
A prova começou pontualmente as 9h, mas larguei por volta as 9:20 por conta da quantidade de corredores.
Havia bastante gente acompanhando a prova principalmente nas áreas mais urbanas.
Combinei de encontrar com a Quel em 3 pontos que achamos que seria fácil chegar no mapa, nos kms 12, 25 e incialmente 32, mas não daria tempo de chegar e reajustamos para o km 37, onde ela estaria me dando um apoio com água e suco de laranja. Este apoio e estas metas curtas para encontrá-la no próximo ponto ajudaram demais para a prova.
Só o suco que compramos no dia anterior que estava com um gosto um pouco de passado, para uma próxima vez, talvez seja melhor pensar em comprar no dia, durante a prova.
Fiz a prova aproveitando todos os momentos, apreciando os pontos turísticos, o pessoal acompanhando, mesmo “voando” no rio. Até este trecho de cerca de 10kms que fazemos em torno deste rio não foi 100% sem publico como eu esperava, foi uma surpresa positiva. Filmei bastante trechos durante o percurso, já que não tinha nenhuma pretensão ou preocupação em fazer tempo.
Notei bastante gente fazendo como eu e a Quel, alguém da família ou conhecido dando apoio para alguém em pontos combinados e avançando para pontos específicos.
Utilizei bem pouco a hidratação da prova, lembro de ter parado em um ou dois pontos para pegar água e Gatorade, literalmente parar, que beber em copo de papel e aberto não dá.
O final da prova está no vídeo, inclusive com os 2 “bloqueios” para passar uma ambulância e um caminhão dos bombeiros na porta do estádio para atender alguém que estava passando mal.
Não fiz a minha melhor maratona em relação a tempo, mas foi minha melhor maratona em relação a aproveitar cada momento.
A prova terminou com bastante calor, pelo menos enquanto no sol.